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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Saiba como lidar com a insônia sem apelar para remédios




Insônia é um problema que pode ter várias causas, e os cientistas ainda debatem sobre quais são os melhores métodos para combatê-la. Uma especialista no assunto, a psicóloga americana Shelby Freedman Harris, atende os interessados no assunto respondendo perguntas freqüentes. Ela trabalha em um centro médico de Nova Iorque e dá alternativas para quem passa por dificuldades na hora de dormir.
Para dar dicas de um modo geral, ela utiliza o exemplo de uma pergunta que recebeu de um paciente. Um universitário americano relatou que sua vida estava o levando a várias noites mal dormidas. Ele precisava de tampões de ouvido e tapa-olho todas as noites, e mesmo assim tinha problemas não apenas para pegar no sono, mas acordava por qualquer motivo. Colegas de seu curso também apresentaram problemas semelhantes. Alguns dos amigos, segundo ele, optam por passar a noite em claro ou dormir pouquíssimas horas, já que não conseguem dormir bem, rotina que os leva a ficar exaustos durante o dia.
A psicóloga recomenda, para esse caso, a Terapia cognitivo-comportamental. Trata-se de um tratamento psicológico de duração variável, 4 a 12 sessões. É um procedimento empírico, em que se analisa a vida do paciente para trabalhar com a mente. Segundo a especialista, não utiliza nenhum remédio e ajuda não apenas com insônia, mas também quem sofre com depressão, ansiedade ou dores crônicas.
De acordo com ela, o segredo do tratamento é o período que antecede o sono. Devem-se evitar remédios fortes, cafeína, álcool e sedativos antes de dormir – coisas artificiais que algumas pessoas usam achando que vai auxiliá-las no sono, mas o efeito é justamente o contrário. Alguns pacientes iniciam o tratamento tomando algum medicamento. Nesses casos, não há uma interrupção brusca da aplicação, o que pode piorar a situação, mas a quantidade de remédios tomados é diminuída gradualmente. Quanto a comer, evite alimentos pesados: no máximo faça um lanche rápido. A hora de dormir não é uma sesta, onde se dá um cochilo depois do almoço, e comer demais de madrugada só vai atrapalhar.
Ela também afirma que é preciso “evitar fazer qualquer coisa que não seja sono ou sexo” na cama. Como hoje em dia muitas pessoas usam a cama para ver TV, estudar, comer, fazer uma leitura de lazer, ou apenas ficar pensando em coisas preocupantes e importantes, o cérebro associa a cama a um lugar onde se fica acordado. Por falar em coisas preocupantes, é necessário evitar qualquer pressão. Inclusive a pressão para dormir bem: você não pode ir se deitar pensando algo como: “tenho que dormir oito horas bem dormidas, senão vou estar desgastado o dia inteiro amanhã”. Relaxe, não pense no próprio sono antes de dormir.
Outro fator importante é o tempo diário de sono. Deve ser regulado, porque o cérebro não consegue criar um padrão se você dorme 12 horas em uma noite e apenas 5 horas em outra. No tratamento, o psicólogo acompanha as horas diárias de sono a partir de uma tabela. A ideia é que haja um horário certo para dormir e acordar. Para ajudar o sono a chegar na hora certa, existem eficazes técnicas de relaxamento, a maioria das quais envolvendo músicas suaves e respiração profunda. A técnica ainda não é de conhecimento de todos os psicólogos, mas a especialista afirma que o conhecimento na área está se expandindo entre profissionais da saúde. [The New York Times] fonte.

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